A evolução do varejo e a arquitetura de experiências

O que eu vou ler aqui?

Este artigo explica o novo papel das lojas no contexto de inovações tecnológicas e como o crescimento do e-commerce tem impulsionado uma arquitetura mais rica e sensorial dos espaços físicos do varejo. 

Por que é importante?

A arquitetura de experiências é importante porque, atualmente, os novos consumidores percebem as lojas físicas como centros sociais que combinam vendas a experiências. Entenda as circunstâncias disso e por que é importante incorporar design, tecnologia e storytelling nos espaços físicos da sua marca.

 

À medida que as experiências se tornam importantes para a percepção das pessoas a respeito das marcas, os espaços físicos vão ganhando um novo conceito e uma nova direção.

Várias tendências ajudam a explicar esse movimento. Podemos citar algumas delas, como o avanço do e-commerce, que desvinculou o ato de comprar do ato de ir à loja; a preferência por novas experiências e o crescimento das empresas de tecnologia, que, naturalmente, procuram expandir suas marcas para os ambientes físicos.

Obviamente, isso indica que estamos lidando com um novo tipo de consumidor, que está disposto a pagar mais por aquilo que proporciona memórias.

Ou seja, se antes a arquitetura das lojas já impactava significativamente na consistência das marcas, hoje, com todas as transformações digitais e sociais, ela se tornou fundamental.

Então, seria o fim do varejo tradicional?

“Physical retail isn’t dead – boring retail is!” (O varejo físico não está morto – o varejo chato está!), com essa frase, Steve Dennis, articulista da revista norte-americana Forbes, foi tão otimista quanto verdadeiro. A chegada do e-commerce não transformou apenas o ambiente online, mas também o papel do varejo físico, como falamos nesse outro artigo do BrandIdeas. Ou seja, enquanto muitos sustentam a visão apocalíptica de que o varejo vai acabar, o que se percebe, de fato, é um complexo e interessante processo de transformação.

Essa simbiose entre arquitetura, design e marketing está permitindo que as lojas se comportem como novas ferramentas de interação e integração de pessoas.

Na era em que a atenção é rarefeita diante de tanta informação veiculada na internet, é preciso incorporar princípios de relacionamento à arquitetura, combinando design, tecnologia, audiovisual, eventos e storytelling.

Nesse sentido, beleza e funcionalidade importam, mas não são suficientes. É preciso personificar a marca no espaço físico, traduzindo sua personalidade, seus valores e, claro, alcançando todos os seus pontos de contato.

A ambientação, que passa pela escolha do estilo, da decoração e dos materiais, é parte de uma história que se deseja contar. Isso abrange também – e necessariamente – a forma como os processos internos estão estruturados. Esses processos devem favorecer uma abordagem de serviço que facilite uma experiência de alta qualidade.

Considerar esses pontos significa trazer, intencionalmente, um conjunto de sensações ao cliente. Essa é a ideia.

A maçã, o café e o varejo

As lojas da Apple revolucionaram o varejo não só do ponto de vista estético como do ponto de vista de tratamento do consumidor. Enquanto o design minimalista reforça as peculiaridades dos aparelhos, a mecânica do espaço passou a estabelecer um novo tipo de interação com o cliente, oferecendo eventos e demonstração de produtos.

Outro bom exemplo são as lojas da Nespresso, que transmitem uma sensação de luxo e sofisticação. Intencionalmente, a marca faz o encadeamento dos seus atributos em um storytelling que tem continuidade nos espaços físicos da marca.

É importante considerar esses lugares como parte de toda a trajetória de relacionamento. Isto é, é preciso pensar em um relacionamento que não se inicia e, tampouco, se encerra dentro das lojas, mas que é construído ao longo da comunicação.

Para atender às expectativas de um público cada vez mais exigente, as lojas terão de incorporar uma nova dinâmica. Cada vez mais, elas deverão se parecer com centros sociais, oferecendo eventos, demonstrações e realidades conectadas (física e digital).

O fato é que estamos vendo nascer novos espaços de marca e, em breve, suas características serão as experiências oferecidas, indo além da relação puramente de “compra e venda”.

Baixe o relatório O varejo e a descoberta de cada dia e descubra como as marcas mais inovadoras estão transformando suas lojas em espaços de conexão profunda com seus clientes.

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