Por que as marcas precisam estabelecer conexões mais profundas com a geração Z

O que você vai ler aqui: o artigo traz os insights da Kete Lewis,  da Hearst Magazine Digital Media, no Social Media Week de Nova York sobre como as marcas podem conquistar a Geração Z.  Daniel Alencar, sócio e diretor da FutureBrand São Paulo, também falou sobre o tema.

Por que é importante:  a Geração Z representa uma grande fatia de mercado e também um enorme desafio para as empresas na hora de engajá-los. Entender como melhorar essa conexão pode fazer a diferença nas suas campanhas.

Tempo de leitura:  2 minutos 

A Geração Z (que contempla os nascidos entre 1995 e 2014) compreende 25% da população apenas nos EUA (31% no Brasil, segundo dados do IBGE) e será responsável por 40% de todos os consumidores do mundo até 2020. É a maior e mais etnicamente diversificada geração da história e atualmente representa cerca de US $ 143 bilhões em poder de compra (sem influenciar nos gastos das famílias).

Como é a primeira geração realmente móvel a existir (afinal, nunca conheceram um mundo sem internet), eles têm uma perspectiva e uma abordagem únicas não só para enxergar o mercado de trabalho e o varejo físico, mas também ao responder às mensagens do marketing das marcas. Sempre ciente das opções alternativas, a Geração Z tende a tratar as mensagens das marcas com uma dose saudável de ceticismo. É algo que os gestores e agências de branding precisam ficar atentos, não é mesmo?

Como as marcas podem ganhar a confiança da Geração Z?

Kate Lewis, Vice-Presidente Sênior e Diretora Editorial da Hearst Magazines Digital Media, compartilhou recentemente suas observações sobre os hábitos digitais da Geração Z no Social Media Week New York City. Trouxemos aqui algumas de suas recomendações para incorporar valores pós-milenistas nos objetivos de negócios das marcas, além de comentários do Daniel Alencar, sócio e diretor da FutureBrand São Paulo.

Valores da Geração Z

A Geração Z, por ter crescido durante a incerteza política e econômica, possui comportamentos mais pragmáticos e conservadores. Portanto, é bastante improvável que tomem decisões de compra desinformadas e impulsivas.

Eles também são mais tolerantes e livres para falar sobre gênero e raça, e possuem uma consciência social mais profunda, que também impacta em suas decisões de compra.

Para Alencar, “a Geração Z prefere marcas que possuem valores com os quais se identificam”.

Hábitos digitais da Geração Z

Essa geração é conhecedora de tecnologia, altamente informada, inclusiva e coloca uma forte ênfase na personalização e relevância. Eles têm uma capacidade única de avaliar rapidamente e filtrar grandes quantidades de informações para determinar se algo vale o seu tempo.

Isso significa que as marcas devem encontrar formas inovadoras de fornecer conteúdo atraente e benéfico, ou correr o risco de serem deixadas para trás, ou até mesmo boicotadas. Porém, se uma marca captar a atenção deles, a Geração Z compartilhará ativamente suas opiniões, colaborará e co-criará com ela.

Essa é uma grande oportunidade para as marcas e agências de branding repensarem os esforços de comunicação. “Desenvolver conteúdos relevantes e alinhados às mensagens da marca parece uma das estratégias mais efetivas para se conectar com este público. Mas é preciso ser autêntico, não pode ter um caráter vendedor” acrescenta Daniel Alencar.

Conselhos sobre a conexão com o Geração Z

Durante o evento, Lewis recomendou que os profissionais de marketing se concentrem no celular. “A Geração Z praticamente nasceu com um telefone na mão, então a melhor maneira de se comunicar com eles é através do chat (texto, mensagens diretas, chat na web).

A narrativa de curto prazo multimídia é atualmente seu estilo preferido de conteúdo. “A Geração Z prefere um mashup de vídeo, palavras e sons que os estimule a ler mais”, aconselhou Lewis. Em sua experiência, um vídeo deslizável dá a eles o nível de controle que desejam, e, assim como folhear uma revista, os recursos visuais são frequentemente mais importantes que as legendas. A Geração Z também pode entender “curtidas” e “compartilhamentos” mais do que expressões faciais reais. Impressionante, não?

O YouTube tem um alcance maior do que as outras redes sociais porque a Geração Z é mais atraída e fortemente influenciada pelo conteúdo que mostra pessoas reais. Os famosos Youtubers estão aí para provar esse ponto. Curiosamente, o YouTube também é onde a Geração Z está procurando a maioria de suas informações. As principais pesquisas do YouTube são atualmente sobre música, jogos, filmes e coisas engraçadas. Mas as pesquisas “Como fazer” também cresceram 70% no ano passado.

Alencar ainda acrescenta que “é preciso ampliar o olhar para compreender com profundidade o que move este público. Não tratá-los como consumidores, mas como pessoas, que possuem diferentes repertórios, valores, necessidades e desejos. Para se conectarem com a geração Z, as marcas precisam inspirar e representar suas escolhas, ajudar cada um a se tornar o que eles aspiram”.

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