O futuro das marcas está em parcerias que geram valor. Cada vez mais, o mercado está entendendo que um bom parceiro é capaz de ajudar os profissionais de marketing na busca por ideias, resultando em ações que geram conexão com o público de maneira inovadora e significativa.
Já falamos aqui no BrandIdeas sobre como investir em iniciativas para cultivar um relacionamento mais contextual com o público pode ser a chave para gerar uma fidelidade duradoura. Quando estratégicas e bem executadas, as parcerias podem ser uma fonte valiosa para essa conexão.
Todos sabem que propostas de valor significativas e complementares são o cerne de uma parceria bem-sucedida. Mas existem três outros pontos fundamentais que toda análise de colaboração precisa considerar. Veja quais são eles!
Busque por uma perspectiva original
A equipe criativa in-house do Spotify é um bom exemplo. Ao se unir ao Saturday Morning — um coletivo de criatividade formado por veteranos do mercado publicitário —, ela conseguiu renovar suas perspectivas, garantindo que seu conteúdo atraísse um público diverso. Segundo Jackie Jantos, VP de Marca e Criação do Spotify: “Temos parceiros que nos ajudam a garantir que nossa perspectiva seja holística, pessoas que não vivem dentro do universo do nosso negócio ou da marca Spotify”. Essa perspectiva colaborativa parece estar funcionando muito bem para o Spotify, que acaba de atingir 96 milhões de assinantes pagos.
Coloque a mão na massa
Ao buscar insights no campo — literalmente —, o time de design da Adidas mostrou o que é colocar a mão na massa. Ao realizar a Trilha da Costa do Pacífico, nos Estados Unidos, e conversar com quem conhecia pelo caminho, a equipe descobriu que as pessoas usavam nos pés botas antigas e pesadas, apesar de não se sentirem confortáveis. “Após uma semana, as pessoas na trilha falavam: ‘isso não é sustentável e não tem a ver comigo, não é quem eu sou’. Foi então que a equipe criou o ‘Free Hiker’ para ser o melhor calçado destinado a caminhadas existente no mercado. Seu principal atributo era melhorar o desempenho nas caminhadas, podendo, também, ser usado diariamente nas ruas, levando aquela energia para ambientes urbanos”, conta o VP de Marketing Global da Adidas, Stephen Dowling.
O objetivo é claro
No mundo inteiro, a marca do Burger King cultiva uma excelente reputação por sua criatividade. Ao longo dos últimos quatro anos, a rede de fast-food desenvolveu uma personalidade excêntrica e contraintuitiva. Isso se deve muito ao fato de a empresa estabelecer metas claras e KPIs bem definidos para que todo o time saiba quais são os objetivos ao colaborar com agências de fora. A equipe mede tudo e, frequentemente, compara suas táticas colaborativas com a estratégia da marca, a fim de não perder o trilho certo.
Fernando Machado, CMO Global da rede, ressalta: “Não estamos em busca de ideias aleatórias. Buscamos ideias que tenham relação com nosso negócio e com nossa estratégia de marca, cujos objetivos e metas são claros. Nem todas as campanhas resolverão tudo, mas devem trabalhar em prol dos objetivos da marca”.
A chave para uma colaboração eficaz é todos conhecerem o objetivo e, mais importante, estarem de acordo com ele desde o começo — é importante que a essência da marca e o rumo que ela deve tomar estejam claros. Parece banal, mas recordar o objetivo é, muitas vezes, ignorado.
Para se chegar a uma parceria de sucesso, é necessário um olhar profundo para seu público (colocar a mão na massa) e predisposição para ouvir e considerar (uma nova perspectiva). Mas, sem uma meta comum bem definida, o resultado da colaboração para a sua marca pode ser irrisório.
Artigo adaptado de Futurebrand.com – Let’s work together, de Vicky Langdon
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