As lojas da Geração Z

Se nos últimos anos algumas marcas ainda se desdobravam para lidar com os Millennials (ou Geração Y), 2019 veio com um novo – e tão importante quanto – desafio: a Geração Z. Este ano, a GenZ contará com cerca de um terço da população da Terra, 20% da força de trabalho e um poder de compra de 44 bilhões de dólares.

Quando se trata dessas novas gerações, um dos efeitos que recebe muito destaque é o impacto que o mundo digital causa nelas. Se os Baby Boomers e os Xs só enxergavam o universo off-line, os Ys e os Zs entendem o mundo como mais do que on-line.

A Geração Z vive em uma realidade all-line, composta por uma sobreposição de inúmeras camadas físicas e digitais, e isso influencia fortemente não só como as marcas se conectam com seus públicos, mas também a maneira como as elas devem desenvolver as suas lojas.

O novo papel do varejo

Varejo sem filtro

Esqueça os efeitos do Instagram. Uma matéria publicada recentemente na revista de variedades norte-americana The Atlantic mostra que nativos digitais estão abandonando a estética alegre e perfeitamente composta das redes sociais e, em vez disso, passando a enxergar o valor dos defeitos do mundo real e sem filtros. Seguindo essa tendência, as marcas podem usar suas lojas para expor ao cliente o imprevisível do mundo real.

A loja como uma conversa

Marcas representam mais do que os produtos que lançam. Da mesma forma que os propósitos das organizações ganharam relevância nos últimos tempos, pensar na maneira como transmiti-los se tornou fundamental. Um estudo feito pela empresa de consultoria empresarial McKinsey com a agência de pesquisa de tendências Box1824 mostrou que 70% dos consumidores brasileiros de classe A buscam e estão dispostos a pagar mais por marcas que defendem o que eles acreditam (os números das classes B e C não ficam muito atrás – 64% e 58%, respectivamente). Nesse contexto, os espaços do varejo são uma importante interface para conversas autênticas entre a marca e o consumidor sobre as crenças compartilhadas por ambos.

A loja como mídia

Por conta da globalização, símbolos visuais ganharam a capacidade de reunir as pessoas. Emojis, memes e GIFs, métodos de comunicação aparentemente “rudimentares”, são a nova linguagem digital ao redor do mundo. Isso porque, por meio deles, ao deixarmos a linguagem verbal de lado, conseguimos nos expressar não só de forma altamente condensada, mas também carregada de emoções. As lojas, assim como os GIFs ou emojis, devem transmitir o propósito e a personalidade da marca de maneira instantaneamente decodificável, falando a língua do consumidor. Nesse sentido, pode ser valioso integrar o design da loja com o mundo on-line, a fim de incentivar a troca de experiências e o compartilhamento, transformando seu espaço físico em uma mídia em si.

 

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