Afinal, como pensam os talentos da era pós-digital?

O que você vai ler aqui: o texto traz os insights da FutureBrand São Paulo ao analisar o perfil dos novos talentos da era pós-digital no Brasil, como visão de mundo, futuro e carreira.

Por que é importante:  entender os talentos digitais da nova era é muito importante para as marcas que precisam (e devem!) se preocupar em reter mentes brilhantes em suas empresas

Tempo de leitura:  3 minutos 

Qual é a empresa que não quer para si as mentes mais promissoras do mercado? Os talentos da geração pós-digital (era em que os conceitos de tempo e trabalho são redefinidos e tornam-se mais fluidos) podem trazer novas percepções e formas de atuar. Mas, para isso, é preciso entender o que esperam essas mentes brilhantes. Não é à toa que toda grande empresa investe muito em programas de contratação para esses jovens da geração millennial, com vagas de estágios e trainees sempre muito atrativas e, por isso mesmo, bastante concorridas.

Altamente conectados e mais interessados em enxergar um propósito no que fazem, eles têm uma relação diferente com educação e trabalho. Essa visão, consequência de uma transição para uma nova ordem mundial, vêm sendo muito discutida nos últimos anos, inclusive (e talvez principalmente) no ambiente de trabalho.

Talentos da geração pós-digital: contexto e desenvolvimento

Por mais que seja difícil encontrar uma resposta definitiva para a pergunta “quem são os talentos da era pós-digital?”, a agência de branding FutureBrand São Paulo foi atrás desses perfis e trouxe alguns insights reveladores. Afinal, é essa geração que promete desenhar o futuro das áreas de tecnologia, criatividade e inovação no mundo dos negócios.

Antes de mais nada, é importante entender que essa geração está inserida no que chamamos de quarta revolução industrial. O ponto comum em todas as quatro revoluções industriais, começando lá no século 18 com as máquinas a vapor, trouxeram mudanças em termos de automação, conectividade e quebra de paradigmas.

Assim como em outros tempos, na quarta revolução industrial, essa quebra de paradigmas traz diversas implicações no mercado de trabalho e na vida em geral. Com isso,  podemos observar alguns pontos que ajudam a compreendermos melhor como esses jovens enxergam o mundo.

Percepções da geração da era pós-digital

O primeiro ponto importante que esse contexto traz para o jovem dessa geração diz respeito ao excesso de informação combinado com a escassez de tempo. Apesar do acesso ilimitado a todas as áreas de conhecimento, ter que escolher entre uma delas muitas vezes causa ansiedade. Esses talentos também precisam fragmentar a sua identidade para lidar com essa massa de informação ininterrupta. A consequência positiva disso tudo é: ao se fragmentar, novas oportunidades de aprendizado se tornam mais evidentes – inclusive no ambiente de trabalho.

Se antes a vida se dividia em três fases: estudar, trabalhar e se aposentar, hoje, na era pós-digital, tudo se mistura. Ou seja, a vida atual não é dividida em etapas.

Isso leva a uma mudança importante no ambiente de trabalho. Esses jovens entendem que precisam (e podem!) aprender enquanto trabalham e que o aprendizado deve ser constante em suas vidas.

Consequentemente, a noção de cronologia tem uma dimensão muito diferente do que tinha antes: com a revolução da longevidade, vivemos mais e vários âmbitos da vida precisam ser repensados, não só o profissional.

Visão de mundo e futuro

Foi observado que a tecnologia é uma via de mão dupla, mesmo para aqueles que já nasceram inseridos no meio digital. Para eles, existe espaço para crítica e questionamentos. Em tempos de fake news, esses jovens estão cientes de que é preciso sempre buscar mais de uma fonte e não acreditam em tudo o que veem.

Descentralização é palavra de ordem, portanto, para eles, as instituições tradicionais perdem força frente à ampliação de poder proporcionado pelo acesso universal ao conhecimento. Neste contexto, se afastam da ideia de um futuro provável e  se sentem capazes de criar aquilo que esperam para o futuro.

Informação e educação

Ainda sobre informação, para esses talentos é preciso decifrar as informações que estão ao nosso alcance. Como dito acima, eles reconhecem a necessidade de olhar para diversas fontes e há sim bastante desconfiança no que aparece nas mais variadas mídias.

O conceito de aprendizagem também não é mais o mesmo. Para eles, o conhecimento é fluido e o mais importante é decifrar as informações utilizando as ferramentas disponíveis. Na era dos tutoriais dos youtubers, não é difícil imaginar que esses jovens são autodidatas,olhando criticamente para o papel da escola como ela é – aprender não se limita à escola/universidade: se dá ao longo da vida.

Relacionamento com o trabalho

Além da remuneração e das possibilidades que derivam dela, os talentos da era pós-digital adicionam uma nova visão para o relacionamento com o trabalho: o senso de propósito. Também são movidos por desafios, mas precisam enxergar resultados concretos no que fazem.

Sobre a relação trabalho e vida pessoal, já era de se imaginar que as distinções entre esses dois aspectos estão cada vez menos claras. O trabalho ocupa, então, uma posição muito importante na vida desses jovens, ou seja, o que eles fazem precisa estar relacionado a alguma paixão e proporcionar o aprendizado que vem do desafio.

Por fim, a hierarquia tradicional do ambiente de trabalho também passa por uma ressignificação. Esses talentos enxergam uma clara diferença entre chefe e líder: enquanto o primeiro é aquele que cobra, o último é aquele que inspira e está numa posição de parceria.

Assim como o de se relacionar com as novas gerações de consumidores, o desafio de se adaptar a nova força de trabalho também é para todas as marcas, independentemente do segmento. As organizações terão um papel importante no direcionamento desse caminho de mudança.

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