Crescem exponencialmente os recursos tecnológicos que a sociedade tem à sua disposição. Os mesmos aparelhos que facilitam a nossa vida também armazenam, detalhadamente, as nossas informações mais íntimas. Tudo o que fazemos em nosso cotidiano gera dados no universo digital: mandar e-mail, pedir um Uber, comprar medicamentos on-line. O estudo ICD´s Data Age 2025 Study estimou que, em 2020, a sociedade irá gerar 47 zettabytes (1 zettabyte é o mesmo que 1 milhão de petabytes; 1 petabyte significa 1 milhão de gigabytes), e que, em 2025, chegaremos a 163 zettabytes, dez vezes mais que em 2015.
Esses números são relevantes para que tenhamos insights e ideias que tornem a tomada de decisão mais precisa e assertiva. Mas será que só o acesso aos dados nos garante as melhores ideias? Como fica o processo criativo em um sistema data driven?
Dados × Criatividade
Vivemos na era dos dados e eles estão acessíveis a todo mundo, o tempo todo. Embora esse processo tenha posto luz sobre os possíveis caminhos quando se trata de decisões econômicas, a melhor maneira de se concatenar ideias ainda é a capacidade criativa. E o que seria então a criatividade?
A criatividade é um processo de geração de novas ideias a partir do no nosso repertório pessoal. É esse repertório a base que nos permite criar, propor e combinar dados. Essa construção se inicia na infância, se estende por toda a vida e, por ser um processo, pode ser estudada, compreendida e aperfeiçoada.
Deepak Chopra, médico indiano e escritor, defende que existem duas qualidades que fazem a diferença para o sucesso de uma pessoa: intuição e criatividade. Ter novas ideias, criar novas perspectivas é essencial para o profissional contemporâneo. É preciso enxergar além do óbvio, escutar a intuição e exercitar a inteligência intuitiva.
Inteligência intuitiva é a capacidade de solucionar problemas a partir da habilidade nata de escutar a voz interior. A intuição geralmente nos dá respostas mais precisas do que as emoções, porém, ela também depende do nosso repertório, nosso banco de dados.
O processo criativo aliado à intuição
A criatividade deve ser vista como fonte de vantagem competitiva, e o criativo, como um ativo estratégico dentro das marcas. Por isso é tão importante criar ambientes seguros, diversos e estimulantes para as equipes, em que cada membro compreenda a sua importância para o alcance do sucesso coletivo. Como já foi dito aqui no BrandIdeas, a pluralidade é o combustível da inovação.
Métodos como brainstorms, design thinking e brainwriting podem facilitar a organização do processo criativo. Mas existe algo ainda mais importante do que essas técnicas para a geração de ideias: o repertório pessoal. Quanto mais bagagem a pessoa tiver, maior será o seu potencial criativo. E, para isso acontecer, é preciso perder o medo de errar, perder o medo do julgamento alheio. É importante manter-se curioso, ser questionador, buscar conhecer lugares e pessoas novas, viver aventuras e colecionar experiências.
Nesse processo, a intuição pode ser considerada uma catalisadora da criatividade. O exercício de intuir, ou seja, de ver interiormente e de contemplar, provoca novas ideias e alimenta os pensamentos. No entanto, acreditar na inteligência intuitiva pode ser desafiador, já que é preciso realmente acreditar nos insights que vêm do seu interior. A intuição floresce à medida que a autoconfiança e o autoconhecimento se reforçam.
O estilo de vida se reflete na criatividade
Conhecer-se e estar atento à sua voz interior são os grandes trunfos do processo criativo. Nelio Bernardelli, líder criativo da FutureBrand, acredita que “O exercício da criatividade está em se conectar às experiências e enxergar o seu entorno de uma maneira diferente. Se você só observar os dados e ignorar o capital humano, terá respostas superficiais, falhas”.
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